Mais "Um Livro, Porque Sim"
Esta entrevista deu-me um especial prazer. Seja pelo desafio ou pela responsabilidade a ela associada. Quero agradecer ao autor, pela disponibilidade, e a quem tornou possível a sua vinda ao programa. De facto, é uma pessoa fascinante :)
Sobre o autor:
Nasceu na Mexilhoeira Grande, Algarve, em 1949. Formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. É professor associado da
Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese sobre Literatura Medieval. Entre 1997 e 2004 desempenhou as funções de Conselheiro Cultural e Director do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Entre outras, publicou as edições de Sonetos de Antero de Quental, doCancioneiro de D. Dinis, e Os Infortúnios Trágicos da Constante Florinda de Gaspar Pires Rebelo. Publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: Pen Clube em 1985, Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus em 1990 e da Associação Portuguesa de Escritores em 1994. O seu romance Por Todos os Séculos recebeu o prémio Bordalo da Casa da Imprensa. Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, onde tem uma antologia na colecção «Visor» de poesia, e França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard. Dirigiu até 1999 a revista Tabacaria da Casa Fernando Pessoa. Em 2009 assumiu a direcção da revista «Colóquio-Letras» da Fundação Calouste Gulbenkian. Os seus mais recentes livros são a compilação Poesia Reunida (1967-2000) que inclui Rimas e Contas, Prémio da Crítica 2000, Pedro, Lembrando Inês (2001), Cartografia de Emoções (2001), O Estado dos Campos (2003), Prémio Ana Hatherly, Geometria Variável (2005), Prémio DST, As Coisas Mais Simples (2006), Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa e A Matéria do Poema (2008).
Em prosa os seus livros mais recentes são A Ideia do Amor e Outros Contos (2003), O Anjo da Tempestade (2004), galardoado com o Prémio Literário Fernando Namora, e O enigma de Salomé(2007).
Sobre o Livro
«Não confundas a vida com o teatro, dissera-me Rosa; e eu ouvia as mesmas palavras na boca da historiadora ao dizer-me que não devia confundir o que nasce da investigação histórica com o que realmente se passou, numa determinada época. A história do passado, somos nós que a fazemos, e não os seus protagonistas; e eu pensava nisto como se fosse uma aberração, pondo em causa todos os livros que lemos e por onde estudámos a evolução do mundo e das sociedades.
Seria tudo uma pura ficção? Então, disse-lhe, a verdadeira história está nos romances, porque aí é onde o homem projecta a sua realidade, entre o que viveu e o que sonhou, sem qualquer preocupação de construir uma cena dominada pela verosimilhança que os acontecimentos conferem ao que se escreve.»
Nota: Todas as informações sobre o livro e o autor, bem como as imagens, foram retiradas do site da editora Dom Quixote
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