25/09/2009

A minha Escolha: Portal do Eleitor


Lamento a minha ausência nos últimos tempos, mas ando um pouco envolvida em alguns projectos. Outubro trás novidades, a nível de projectos pessoais, e também começa o ano lectivo. Entretanto gostaria de fazer referência a um site muito útil: Portal do Eleitor.

Este é um ano de eleições e votar não só é um direito, como também um dever. Algumas dúvidas que podem ser incapacitantes são:

- Quem concorre a estas eleições?
- Estou a votar para as legislativas ou autárquicas?
- Onde devo votar?
- Como se processa o acto de votar?

Aqui, no Portal de Eleitor tem acesso a estas informações e muito mais de forma simples e rápida.
No caso de não encontrar resposta para a sua dúvida, ligue para o 808 206 206.

Lembre-se que deve exercer este direito. Num sistema democrático como o nosso a decisão é do povo. Sair de casa e votar significa ter um papel activo na construção da nossa sociedade. Não esqueça que as medidas que os nossos governantes tomam afectam-nos no nosso dia-a-dia e o voto é a única forma de se fazer ouvir. Se não se identificar com nenhum programa político apresentado, vote em branco, e lute assim. Os votos em branco não têm o mesmo significado dos votos nulos. O voto nulo pode ser de alguém que não teve paciência ou vontade de sair para votar. O voto em branco é representativo do cidadão activo que não se revê nas políticas actuais e que espera por uma mudança mais profunda.

http://www.portaldoeleitor.pt/

Se mais nada o motivar: vote por si e pelos seus, que esperam que você contribua para melhorar o seu futuro.

K

23/09/2009

A minha escolha: Gato Fedorento Esmiuça os Sufrágios


Talvez seja um pouco tarde para falar do maior fenómeno televisivo deste mês: Gato Fedorento Esmiuça os Sufrágios...
Todavia, uma pequena nota quanto o site dos Gato - para aqueles que foram não conseguiram apanhar todos os programas. Aqui vai encontrar todos os programas já transmitidos, as Flash Interview feitas aos convidados e um espaço para participar deixando comentários.
O tom provocatório e irónico das entrevista é altamente apelativo e, quem diria: também se pode brincar com a política e seu actores. No gozo se fazem perguntas pertinentes e se mostra que os políticos são pessoas comuns. Uma aposta certa da SIC, parabéns.


http://sic.sapo.pt/online/sites%20sic/gato-fedorento/esmiuca-os-sufragios


K

18/09/2009

A minha escolha: 2014 - EPIC


2014: O new York Times fecou a sua edição online e é apenas um jornal impresso para as elites e os mais conservadores.
EPIC é o gerador de notícias que compila a informação presente no vasto mundo internet (blogs, sites...) consoante o perfil do utilizador.
Nunca foi tão fácil receber, criar e partilhar informação. A inovação tecnológica é soberda, as consequências aterradoras: informação superficial, a verdade do seu conteúdo não é garantida e os produtores notíciosos não tem o compromisso jornalístico de factualidade e imparcialidade.
Este filme, criado por Matt Thompson e Robin Sloan fála-nos de uma evolução notável que começou com a criação da world wide web (WWW), mas também nos alerta que o caminho que escolhemos tomar pode não ser tão incrível como sonhamos. A única desvatagem deste video é o facto de ser em inglês (todavia, o locutor fala devagar e de forma clara).

http://idorosen.com/mirrors/robinsloan.com/epic/

16/09/2009

A minha escolha: Bing ou Google?



O Bing é o novo motor de busca da Microsoft e que procura fazer face ao gigante Google. Hoje, ao fazer uma actualização do messenger, vai logo ver sugerida a colocação de bing como seu motor de pesquisa preferêncial. O hábito é algo díficil de combater porque nos transmite uma sensação de conforto e segurança. No site "bing vs. Google" pode fazer a mesma pesquisa e encontrar os resultados, simultâneamente, em ambos os motores. A vantagem de fazer a pesquisa através deste site é não só poder comparar os dois, como também alargar o seu leque de resultados, sem ter de se esforçar o dobro.

www.bing-vs-google.com

14/09/2009

A minha escolha: Casos em que o jornalismo foi notícia (livro)



"Pensar o jornalismo Através dos casos"


"A crise do jornalismo, tão decantada nos últimos anos, é uma crise de morte, ou é antes de renovação e de crescimento? A pergunta está no centro das reflexões e análises deste volume, concebido e produzido no quadro das actividades do projecto Mediascópio, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. "


     Mega-acontecimentos, escândalos, processos extra-jornalísticos... Este livro, realizado por Manuel Pinto e Helena Sousa (org.) propõem que analisemos algumas situações em que a prática jornalística se tornou o centro de aplauso ou crítica por parte da sociedade ou dos próprios média. 
     Entre os casos citados, a memória do leitor está relativamente familiarizada com acontecimentos como o 11 de Setembro, a queda da ponte de Entre -os-Rios, o programa Big Brother ou até o caso Casa Pia. Mesmo que isso não se verifique, casa um destes é introduzido e contextualizado, de forma a conduzir o leitor de forma lógica até às conclusões. 
     Apesar de estar direccionado para profissionais do sector ou pessoas que nutrem um interesse especial pela área, o público em geral pode retirar uma lição importante: os média condicionam a nossa visão do mundo e é saudável manter autonomia face ao que é difundido.
     Este tipo de livro e raciocínio não se limita a ser uma critica ao jornalismo, é uma forma de analisar, emendar, elogiar e, assim sendo, crescer dentro da profissão. Quando se fala do mundo do média é fácil criticar a actuação dos mesmos de forma descuidada: nem se apresentam argumentos fundamentados, nem se equaciona a importância desta actividade num estado democrático. 
     O jornalismo é uma actividade nobre, mas cujo crescimento é pautado pelo "fazer primeiro, pensar depois". O imediatismo da notícia e outros factores a eles associados (como a concorrência e a ligação da actividade a empresas privadas, que precisam de fazer dinheiro) assim o exigem. Assim sendo, o bom sendo manda que, aliado a este crescimento, haja uma constante reflexão sobre os seus contornos e consequências. 


P.V.P: 14,70 euros


K





12/09/2009

A minha escolha: Assinaturas que cabem no meu bolso

Sabia que uma revista Time custa semanalmente mais de 4 euros nas papelarias? E que para encontrá-la tem de ir a uma papelaria com algum movimento? Todavia a qualidade dos artigos é inegável! O problema parece ficar entre 74% a 83% resolvido ao aceder a estes sites:

http://www.quiosque-de-revistas.com/
http://revistas-para-estudantes.com/

Ambos pertencem à mesma empresa, mas tem públicos-alvo diferentes. O primeiro para o público geral, o segundo para estudantes e professores. Através do sítio electrónico pode assinar qualquer revista (existem vários títulos de diferentes áreas disponíveis) e usufruir dos fantásticos descontos que são oferecidos. Normalmente, existe alguma desconfiança quanto a estes serviços via internet, mas a excelência no atendimento é garantido. As revistas chegam  sempre no tempo certo a sua casa e vêm protegidas dentro de um um invólucro de plástico.

Para ter uma ideia, a assinatura da Time durante um ano custa-lhe 49.85 euros (39 euros para estudantes). Comprar ao preço normal ficaria em mais de 200 euros - um ano.
Vale a pena ver que revistas estão disponíveis, apesar de a maioria ser em inglês (o que pode afastar aqueles que se sentem menos à vontade com a língua inglesa).

K

10/09/2009

A minha escolha: RAWA

Revolutionary Association of the Women of Afghanistan (RAWA)


     A RAWA é uma organização de mulheres afegãs que lutam pela pela paz e pela independência nacional, assim como pela preservação dos seus direitos - condicionados por um governo e uma sociedade fundamentalista.
      A organização nasceu em 1977, logo após a primeira invasão soviética do Afeganistão. Nesta altura a sua luta era por um país livre. Seguiu-se uma guerra civil e mais vinte anos de governação taliban, assente numa visão fundamentalista da religião muçulmana. Em consequência destes acontecimentos, a condição social das mulheres tornou-se muito frágil (a nível de liberdades e direitos). A RAWA tem sido reprimida desde que se formou e um dos momentos mais marcantes da sua luta foi o assassinato da líder e fundadora Mina pelos Khan (agentes do KGB afegão). 
      Actualmente, esta actua em diversas áreas, nomeadamente: organização de aulas para ensinar mulheres a ler e escrever, criação de gestão centros de formação, ajuda a refugiados, criação e gestão de orfanatos e fornecimento de serviços de saúdes.
      São muitos os inimigos da paz, liberdade de direitos de todos os cidadão afegãos. Apesar de o governo se configurar como uma democracia, ainda está longe de o ser realmente. As recentes eleições presidenciais, que opõe Hamid Karzai e Abdullah abdullah, dão vantagem ao primeiro (actual presidente do país), mas na contagem dos votos já foram assinaladas diversas irregularidade (votos fantasma). Para intensificar o ambiente, não se pode esquecer a constante guerrilha terrorista taliban, que tenta sabotar as eleições, e o reforço militar americano, que lhe pretende fazer frente. 
      O site da organização pode ser consultado em diversas línguas, incluindo o português e nele vai encontrar artigos escritos e vídeos que falam sobre os objectivos da RAWA, os seus esforços e a situação actual do país.


http://www.rawa.org/index.php (página original do site em inglês)
http://www.rawa.org/portuguese.htm (listagem de artigos do site em português)
http://www.rawa.us/movies/index.html (vídeos da organização sobre a situação actual do país).


K

08/09/2009

A minha escolha: Informação alternativa em português

Fazer uma pesquisa por agentes noticiosos alternativos pode dar bons a maus resultados. Se a pesquisa se limitar a sítios de língua portuguesa, os resultados são, infelizmente, muito poucos. Os três sites mais interessantes foram a "esquerda.net", "novopress" e "informação alternativa". 
O primeiro e o segundo são uma antítese, porque de forma mais ou menos assumida deixam transparecer tendências políticas. O último é o mais organizado, diversificado e conta com um vasto leque de autores nacionais e internacionais.
A principal diferença que vai notar é o facto de os artigos serem mais longos que a notícia habitual. 
Uma visita regular a este espaço promete alargar a visão que têm do país e do mundo. Pode concordar ou não com a visão dos autores que vai encontrar, mas ao menos tem a oportunidade de reflectir sobre diferentes ângulos do mesmo assunto.


K

07/09/2009

A minha escolha: "O lado Negro da Web"

     Este site é uma autêntica "pedra no charco". Começou como um site pessoal e hoje assume-se como um espaço de activismo on-line. Na génese da sua existência está a defesa do livre acesso à informação e a consciência de que esse acesso é condicionado (por mecanismosmuitas vezes invisíveis para os comuns utilizadores da internet). N'O Lado Negro da Web vai encontrar vários sites fora do comum que pode não encontrar facilmente, caso use um servidor habitual.


     Como se auto-caracteriza este sítio:
"O que é ?  O Lado Negro da Web é um site que colecciona uma série de links para outras páginas e sites.
O que defende?  A informação é um direito e por isso cabe a cada indivíduo zelar que esse direito seja acessível a todos, mesmo que para isso tenhamos que suportar abusos.
Desde quando existe?  O Lado Negro da Web começou por ser uma homepage pessoal nos fins de 1997 ...Foi só em 16 de Março de 1998 que o Lado Negro da Web assumiu exclusivamente a sua actual postura, deixando definitivamente alguns traços de página pessoal para se tornar num site dedicado ao activismo on-line.
Para que serve?  O Lado Negro da Web é um site que questiona a sua própria existência, buscando sempre algum tema polémico no intuito de revelar, a quem pare para pensar um pouco, os benefícios do Direito da liberdade de expressão na Internet."

    
     A utilização é bastante intuitiva: Seleciona uma categoria e a lista de sites aparece organizada por data. Quando abre um dos títulos desta listagem, encontra uma breve descrição do site e, em baixo, sítios electrónicos parecidos. As categorias são: Activismo & Liberdade, Blogs & Fóruns, Cómicos & Cromos, Crenças & Crendices, Drogas & Afins, Flashs & Vídeos, Imagens & Arte, Notícias & Cultura, Pessoas & Excêntricos, Radicais & Fanáticos, Sexo & Fetiches, Tecnologia & Técnica, Teorias & Conspirações, Terror & Gore, Terrorismo & Tácticas, UFO & Extraterrestres,Vigilância & Privacidade.
     Como pode ver, tão depressa ri com o site "Odeio os meus pais", como lê "Iraque Lda" ( um espaço mantido pela Corp Watch, que investiga quais são as empresas que lucram com a guerra no iraque). Além da variedade de temas, outra das virtudes a referir é o facto de ser um site em língua portuguesa.

K
http://www.ladonegro.net/

03/09/2009

Impossível não referir: TVI - Demissão em bloco da direcção de Informação

O acto de questionar como base da formação de consciência

A notícia sobre demissão da direcção de informação da TVI chegou ao país a meio do dia e é impossível não questionar esta inesperada situação. Depois de assistir às notícias dei maior atenção aos comentários deixados nos sítios electrónicos dos principais órgãos de comunicação social do país (TVI 24 incluída). Vi com agrado que alguns destes levantavam questões pertinentes.

Antes de mais, um resumo dos desenvolvimentos:
- Manuela M. Guedes diz que não sabe ao certo as razões de fecho, que não era esperado, e que tinha preparado novos desenvolvimentos sobre o caso Freeport para divulgar esta sexta-feira (O PS desafia-a a  divulgar a informação à mesma).
- ERC abre processo de averiguações sobre as causas da suspensão do Jornal Nacional de 6º feira (que despoletou a posterior demissão em bloco).
- O partidos da oposição consideram estranha esta decisão da Prisa e equacionam um envolvimento do PS
- O PS diz ser o principal prejudicado nesta situação, exige explicações à Prisa e garante não ter contribuído, de forma alguma, para o caso.
- A Prisa / Media Capital justifica o fecho com questões económicas e com a restruturação em curso (que visa homogeneizar a informação dos vários blocos informativos da estação) desde a saída de Moniz.
- O Sindicato dos Jornalistas faz saber que não concorda com a demissão aceite pela Prisa e a suspensão do Telejornal.

Os comentários:
- O PS manipula a informação, porque não consegue lidar com a crítica feroz.
- Manuela M. Guedes não fazia o seu trabalho com a isenção, necessária, imprescindível,  no trabalho jornalístico e fazia uma "perseguição" injustificada a Sócrates e ao seu partido.
- Este foi um golpe da "direita portuguesa" para prejudicar o PS em época de eleições e caso PSD OU CDS ganhem as eleições, encontra-se maneira deste grupo de jornalistas voltar à estação.
- Além de prejudicar Sócrates, a TVI perde valor e pode ser comprada pela Ongoig (onde Moniz é vice-presidente).

As hipóteses colocadas podem estar muito longe da verdade, mas são um sinal que a sociedade portuguesa já não assiste impávida aos acontecimentos políticos e sociais. Questionar é o primeiro passo para chegar mais longe: fazer ciência, provocar mudanças profundas...
A liberdade de expressar opinião nunca é um facto adquirido, porque toda a palavra sofre algum tipo de mediação (directa ou indirecta). Todavia, os novos media, apesar das desvantagens que possam trazer, tornam mais fácil a construção de uma sociedade civil activa e consciente.

K

02/09/2009

A minha escolha: RTP - O meu telejornal

Diferentes públicos, diferentes exigências...

A nova interface do site da RTP surgiu em Março e está alojada em www.noticias.rtp.pt (apesar de o endereço www.rtp.pt não ter ficado inutilizado). A Rádio e Televisão de Portugal congrega no seu sítio os inúmeros órgãos de comunicação que detém e isso pode tornar a pesquisa/ exploração do seu espaço electrónico mais difícil. Assim, ao ir a noticias.rtp.pt vai encontrar uma janela com informação melhor organizada.

Quando acede, na barra superior, à página de "Vídeos" vai estar a entrar n'O Meu Telejornal. O funcionamento é muito simples. As notícias estão agrupadas por áreas (últimas, mais vistas, entretenimento, politica, economia, entre outras) e, ao "clicar"  numa, ela vai integrar uma nova lista. Depois de escolher os vídeos a visualizar eles vão passar na ordem por que foram seleccionados. Ou seja, acabou de construir um telejornal à sua medida - consoante os seus gostos e interesses.

Esta funcionalidade procura responder a uma realidade recente no campo dos media: querer e poder fazer escolhas individuais.

O público não é uma massa homogénea, incapaz de reagir, que é "atingida" pela informação directamente (teoria hipodérmica), nem se limita a escolher o que registar na mente porque não foge dos seus padrões mentais (teoria dos efeitos limitados). Hoje, as pessoas, são capazes de seleccionar directamente o tipo de informação que ouvem, lêem ou vêm porque tem acesso facilitado a meios de comunicação (como os computadores).

É preciso acompanhar a evolução social e responder às necessidades dos seus indivíduos. Neste caso a RTP apostou na casa certa.

www.noticias.rtp.pt


K

01/09/2009

A minha escolha: TIME


Guerra Auto-suficiente...
Uma leitura que vale a pena!


     Na revista Time desta semana o artigo de capa é "Como o crime financia os Taliban no Afeganistão".            Os taliban são donos dos maiores campos de ópio afegãos e acredita-se ser essa a principal fonte de rendimentos do movimento. Todavia, esta reportagem sustenta que essa não é a única maneira de financiar o conflito: raptos e extorsões também funcionam.
     Pedir resgates é o menos chocante deste cenário. Imagine o seguinte: uma instituição humanitária envia dinheiro para que sejam construídas escolas e estradas. Lá, no país em guerra, o construtor é obrigado a dar parte do dinheiro recebido para que os rebeldes "protejam" os materiais e o seu trabalho. Concluindo, o dinheiro que sai do ocidente contribui directamente, ou indirectamente, para perpetuar a guerra.
     O problema é reconhecido por militares e governo. É preciso encontrar uma solução, mas, enquanto isso não acontece, compensa mais ter a estrada construída (que dura muitos anos e trás prosperidade) que perder o empreendimento (porque não se quis pagar o suborno). Aceitável? Passageiro? Estas são algumas questões que se tentam ver respondidas nas entrevistas realizadas.
     A reportagem está muito bem escrita (em inglês) e agarra o leitor logo no primeiro parágrafo.
  
 Felizmente, este trabalho também está disponível online em:
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1919154,00.html


Fotografia: Time Magazine

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